EDUCAÇÃO FINANCEIRA À LUZ DA BÍBLIA
Ontem comecei um estudo sobre Educação Financeira, pelo Pr. Antonio Oliveira Tostes, um guia de estudos da Revista Esperança Novo Tempo e resolvi compartilhar por aqui também, se por acaso eu emprestar minha revista, tenho aqui salva, rsrssrs, são 12 capítulos um vocabulário e Questionário (caso você deseje fazer)
Que Deus abençoe você e bons estudos!
CAPÍTULO 1
UM GUIA SEGURO
“Você está vendo alguém que é habilidoso naquilo que faz? Ele será posto diante de reis; não estará a serviço da plebe.”
SALVAÇÃO E LIBERTAÇÃO
Ao começar este guia de estudos sobre educação financeira, peço que abra sua mente para novos ensinamentos vindos direto da Palavra de Deus.
Em primeiro lugar, devemos lembrar que o maior objetivo de Deus é a nossa salvação e libertação desse mundo de pecado. Por isso, a Bíblia revela quem é Deus, quem somos nós, o que é o pecado que condena e a graça que nos salva.
Quando falamos sobre finanças e prosperidade, devemos lembrar das palavras de Jesus: em Marcos 8:36 “Que aproveita ao homem, ganhar, o mundo inteiro e perder a sua alma?” Isso quer dizer que o foco de nossa vida dever ser o reino de Deus em dois tempos: Hoje – o reino da graça e Amanhã – o reino da gloria.
Em Mateus 6:33 Jesus diz: “Mas busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça e todas estas coisas lhes serão acrescentadas.”
Quando o apóstolo Paulo exaltou a importância e utilidade da Bíblia, ele fez da seguinte forma “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:16,17)
Veja que em 2 Timóteo 3:17, Deus deseja que sejamos “habilitados para toda boa obra”. Ou seja, enquanto estivermos nesta Terra, podemos ser bons filhos, pais, cidadãos e profissionais, ter boa saúde e uma vida financeira saudável e próspera.
Creio que este pensamento condiz com as palavras de Jesus: João 10:10 “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.”
Podemos, sim, viver aqui na Terra com abundância, e não existe nenhum pecado em viver em fartura na questão financeira, pois podemos “conquistar o mundo”, desde que não percamos a nossa salvação e coloquemos como prioridade o reino de Deus e Sua justiça, que é Cristo (Jeremias 23:6)
Essas palavras de Cristo em João 10:10 foram antecedidas pela informação que tem a ver com a questão material, quando disse que “o ladrão vem para roubar…Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”
A Bíblia nos ensina como cuidar das nossas finanças, pois também é um livro de Educação Financeira. “As promessas de Deus não se aplicam apenas à nossa vida espiritual, aplicam-se também à material.” Por isso, devemos manter nossas mentes abertas para entendermos que muitas passagens das escrituras trazem ensinamentos ligados a dinheiro e finanças.
Como exemplo, o texto de Filipenses 4:13 “Tudo posso Naquele que me fortalece.” Deus nos fortalece, não apenas para que cresçamos espiritualmente, vencermos as tentações e provas da vida. O Senhor nos fortalece para que cuidemos bem das finanças, seja um poupador e investidor inteligente e alcance riqueza e prosperidade, que são promessas bíblicas. Hoje começa uma nova jornada na minha vida e na sua também e que Deus abençoe você.
CAPÍTULO 2
PROSPERIDADE À LUZ DA BÍBLIA
“Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para os meus caminhos.” Provérbios 22:29
A BUSCA PELO DINHEIRO
Todos os dias, milhões de trabalhadores saem de suas casas para uma realidade incontestável: a busca pelo dinheiro.
Seja para o sustento de suas famílias, pagar seus estudos, ou realizar seus desejos pessoais. Todos estão o tempo todo em busca do necessário para satisfazer suas necessidades. Infelizmente, o apego* ao dinheiro se tornou uma maldição desde o início da nossa história, porque ele passou a ocupar o lugar errado na escala de valores da vida do ser humano. E essa busca incessante pelo dinheiro traz a disseminação das mais terríveis atrocidades: guerras, corrupção, criminalidade, destruição dos casamentos, das famílias e a degradação da humanidade.
É por este motivo que o apóstolo Paulo, em 1 Timóteo 6:10, declara que “amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. Outro texto que tem a ver com o dinheiro está em Marcos 10:25, que diz: “É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus”
A Bíblia conta que, certa vez, um jovem rico foi ao encontro de Jesus e manifestou seu desejo de segui-Lo. O relato bíblico diz que Jesus amou aquele jovem, então, deu-lhe o conselho: “Vá, venda tudo o que tem, dê o dinheiro aos pobres e você terá um tesouro no céu; depois, venha e siga-me” (Marcos 10:21)
Ao dar esse conselho, Jesus não estava se referindo apenas às necessidades dos pobres, mas também à salvação daquele jovem. O dinheiro era um deus em sua vida, e, enquanto ele não se desfizesse dele, jamais haveria espaço para Jesus em seu coração.
Aplica-se ao coração do homem a conhecida “lei da impenetrabilidade”, que estabelece que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Não é possível haver dois deuses em nossa vida. Ou a entregamos para Cristo, ou a nós mesmos dedicando-nos apenas aos nossos interesses e desejos pessoais.
“Qualquer coisa que se coloque no lugar de Cristo, inclusive o dinheiro e a riqueza, torna-se um deus e uma escravidão.”
Se considerarmos apenas estas três passagens bíblicas que falam sobre ser rico e o dinheiro, podemos chegar à conclusão equivocada de que, se quisermos alcançar a graça de Deus e nos salva. devemos nos livrar do dinheiro e ser pobres. Mas este pensamento está totalmente errado.
O problema não está no dinheiro, mas, sim, na forma como lidamos com ele, o lugar que ocupa em nossa escala de valores e como ele está sendo usado.
A partir do momento em que tratarmos o dinheiro na clareza da Palavra do Senhor, dentro da Sua orientação e sendo fiéis, ele se tornará uma bênção em nossa vida. Amar o dinheiro é errado, portanto é pecado. Pois quando amamos valores monetários, estamos fazendo disso uma pedra de tropeço, Mas ter dinheiro não é pecado, muito pelo contrário: se utilizarmos segundo o ensinamento das Escrituras Sagradas, ele será uma bênção para nós e para nosso semelhante.
Em 1 Timóteo 6:17-19, o apóstolo Paulo amplia a visão sobre dinheiro, dando um conselho muito sábio aos ricos: “exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento*; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida.”
Paulo não diz que os ricos devem se desfazer do dinheiro, mas sim que devem colocá-los no lugar certo em suas vidas. Ou seja, o foco não pode ser o dinheiro e a riqueza; deve ser Deus e devemos usar o dinheiro para acumular tesouros no céu, fazendo boas obras, repartindo com os mais necessitados.
Jesus deixou um conselho, em Mateus 6:19-21: “Não acumulem tesouros sobre a terra, onde as traças e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntem tesouros no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem, e onde ladrões não escava, nem roubam. Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração.”
Uma vez que compreendemos os ensinamentos bíblicos sobre o dinheiro e seu uso, ele trará felicidade para nós, nossa família e ao próximo.
Precisamos entender que a riqueza e prosperidade são bênçãos concedidas por Deus. O salmista declara, no Salmo 112:1-3: “Aleluia! Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor e se compraz nos Seus mandamentos. A sua descendência será poderosa na terra; será abençoada a geração dos justos. Na sua casa há prosperidade e riqueza, e a sua justiça permanece para sempre”.
Visto que a riqueza está nos planos de Deus, o que deve ser feito para acumular tesouros no Céu? Em primeiro lugar, usar essa riqueza para glorificar o nome do Senhor. Um cristão rico é um exemplo digno de ser seguido, pois a sua fidelidade a Deus mostra ao mundo que é possível ser rico e estar se preparando para o céu.
Outra forma de honrar o nome do Senhor é ser fiel e generoso através dos dízimos, ofertas e doações (Provérbios 3:9). Essa fidelidade traz recursos que patrocinam a pregação do evangelho, fortalecem a igreja e satisfazem as necessidades dos pobres, abrindo portas para a pregação do evangelho, levando muito mais pessoas a conhecerem a Deus.
Na parábola do Bom Samaritano, Jesus conta que este homem, depois de acolher o seu próximo, que estava agonizando, e cuidar de seus ferimentos, levou-o a uma hospedaria e, com seus recursos, pagou as despesas para que ele fosse bem cuidado. O texto está em Lucas 10:34,35 e diz assim: “E, aproximando-se, fez curativos nos ferimentos dele, aplicando-lhes óleo e vinho. Depois, colocou aquele homem sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, separou dois denários e os estregou ao hospedeiro, dizendo: ‘Cuide deste homem. E, se você gastar algo mais, farei o reembolso quando eu voltar.’”
O que dizer do exemplo de José? Ele foi vendido por seus irmão, aprisionado e escravizado, mas jamais deixou de ser fiel a Deus. Devido à sua fidelidade, José foi usado por Deus como um instrumento e tornou-se um exemplo para todos nós. Através de sua vida, o Egito tornou-se a nação mais rica da terra naquela época e os povos de todas as cidades vinham para comprar alimentos. Graças a essa fidelidade demonstrada por José, a vida das gerações anteriores à de Jesus foi preservada e ainda concedeu aos seus irmãos a oportunidade de reconhecerem seu pecado, se arrependerem e serem perdoados. Uma das belas descrições de José é encontrada em Gênesis 39:2-4, que diz:
“O Senhor Deus estava com José, que veio a ser homem próspero e estava na casa de seu dono egípcio. Potifar viu que o Senhor estava com José e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos. Assim, José achou favor diante dos olhos de seu dono e o servia. E ele pôs José por mordomo* de sua casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha”.
ELIMINE PENSAMENTOS NEGATIVOS E ERRADOS
Para entendermos os planos de Deus para nossa vida, no que diz respeito ao dinheiro e sermos pessoas prósperas, temos que eliminar de nossa mente pensamentos negativos e errados, como achar que “os ricos não entrarão no Céu”, que “dinheiro é sujo”, que “investir e juntar dinheiro é só para os ricos”, que “o dinheiro vai fazer com que você mude e se torne uma pessoa gananciosa”, e assim por diante.
Boa parte dessas afirmações são ditas por pessoas que querem apenas justificar o seu fracasso na vida material. Esses conceitos são como bloqueadores para que tenhamos uma vida de prosperidade financeira. Deus ama Seus filhos e deseja que eles sejam prósperos. Ele aprecia que sejam fiéis nos dízimos e ofertas, que paguem suas contas em dia, que não se endividem, que vivam com dignidade e que deem um bom testemunho. Mas para que isso aconteça, é necessário conhecer os conselho que a Bíblia tem para o cuidado com as nossas finanças, e é exatamente isso que vamos analisar neste Guia de Estudo.
CAPÍTULO 3
PROMESSAS SABEDORIA E PROSPERIDADE
“Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o SENHOR havia falado à casa de Israel; tudo se cumpriu” Josué 21:45
DECISÕES E ESCOLHAS
Um dos sábios conselhos bíblicos para os dias difíceis que estamos vivendo, onde o pecado se propaga de forma tão indiscriminada, encontra-se nas palavras do apóstolo Paulo em Romanos 12:2, que diz: “e não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Também em Filipenses 4:8, Paulo declara: “Finalmente, irmão, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês”.
A Bíblia afirma que os nossos pensamentos e a nossa mente definem as nossas decisões e escolhas. Se alimentarmos a nossa mente com tudo aquilo que está em harmonia com os ensinamentos do Senhor, estamos preparando o caminho para uma vida de prosperidade, conforme as promessas que encontramos em Sua Palavra.
Pensamentos conduzem a sentimentos, sentimentos levam a ações, e essas ações produzem resultados. Se queremos saber qual a vontade de Deus para nossa vida, devemos “alimentar” a nossa mente com tudo aquilo que é bom, puro e saudável.
A mente é como um arquivo, e quando nos deparamos com as mais diversas situações da vida, onde temos que decidir e escolher, iremos até esses “arquivos” buscar aquilo que irá direcionar e orientar nossas decisões e escolhas.
Se nosso “arquivo” é alimentado pelas imundices deste mundo de pecado, como a sensualidade, violência, poluição, trapaças, atitudes desonestas, exposição ao que é mal, nocivo, degradante, por imagens e sons barulhentos e pervertidos, nossas reações estarão longe de estar em conformidade com a vontade do Senhor. Mas se alimentarmos nossa mente com a Palavra de Deus e Suas promessas, iremos alcançar prosperidade, paz, bênçãos e misericórdia.
É fundamental eliminarmos todos os pensamentos nocivos e negativos em relação ao dinheiro que, porventura, estejam em nossa mente e trocar esses pensamentos pelas palavras positivas que encontramos nas Escrituras Sagradas, principalmente em Suas promessas.
Que tal alimentarmos nossas mentes com palavras construtivas, que os motivem a acreditar que a riqueza e prosperidade também podem ser parte de nossa vida?
Escreva versos e promessas ligadas à vida material em sua agenda de trabalho, coloque no espelho do seu quarto ou em outro lugar bem visível. Leia e repita, mudando sua mente, para que ela esteja alimentada de pensamentos positivos em relação ao dinheiro e à riqueza.
VEJAMOS ALGUMAS PROMESSAS OFERECIDAS POR DEUS:
Força para adquirir riquezas
(Deuteronômio 8:17; 1 Crônicas 29:12)
Trabalho e poder para ganhar dinheiro e gozar dos resultados
(Eclesiastes 5:19)
Felicidade com a prosperidade e a riqueza
(Salmos 112:1-3)
Companhia nos grades desafios
(Josué 1:8)
Sustento e fortalecimento
(Isaías 41:10; Salmos 37:25; 1Pedro 5:7; Salmos 40:17)
Realização dos planos
(Jeremias 29:11; Salmos 37:4; Jó 42:1-2; Provérbios 16:3)
Renovação das forças
(Isaías 40:31)
Suprirá todas as nossas necessidades
(Filipenses 4:19; Salmos 34:9,10; Salmos 136:35)
Tudo que fizer, será bem-sucedido
(Salmos 1:3)
Deus pode nos dar saúde, sabedoria, domínio próprio, segurança, proteção, que são ingredientes importantes para a busca da prosperidade. Temos que alimentar nossa mente com esta certeza e uma vez que façamos a nossa parte, Deus é fiel e fará a parte Dele.
Em Deuteronômio 28:1-13, encontramos uma lista de bênçãos materiais que Deus quer nos dar na saúde, no cuidado dos filhos, na proteção dos nossos deslocamentos, no fruto do nosso trabalho, no resultado de nossos investimentos, etc.
Precisamos entender, no entanto, que essas promessas de bênçãos são condicionais, Note em Deuteronômio 28 o que está escrito nos versos 1, 2 e 13:
1-“Se vocês ouvirem atentamente a voz do Senhor, seu Deus, tendo o cuidado de guardar todos os seus mandamentos…, o Senhor, seu Deus, exaltará vocês sobre todas as nações da terra.”
2-“Se ouvirem a voz do Senhor, seu Deus, sobre vocês virão e os alcançarão todas estas bênçãos.”
13-“O Senhor os porá por cabeça e não por cauda…se obedecerem aos mandamentos do Senhor seu Deus.”
A Bíblia diz que o homem mais rico e próspero que passou por essa Terra foi o Rei Salomão. O fato de Salomão ter se desviado dos caminhos de Deus por um período de sua vida, não o torna um mau exemplo a ser seguido.
A propósito, grandes nomes da história bíblica são de homens que cometerem erros, e as Escrituras não ocultam seus erros, exatamente pra nos mostrar o poder redentor da graça de Deus. Além de Salomão, poderíamos incluir Abraão, Jacó, Davi, Jonas, Pedro e tantos outros.
Talvez o motivo que levou Salomão a ser um homem tremendamente rico e próspero, foi o pedido que ele colocou diante do Senhor. Ele poderia pedir qualquer coisa, mas pediu o que justamente lhe daria uma mente próspera. Todos sabemos que Salomão pediu sabedoria a Deus:
“Teu servo está no meio do teu povo que escolheste, povo grande, tão numeroso que não se pode contar. Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para governar o teu povo, para que, com prudência, saiba discernir entre o bem e o mal. Pois quem seria capaz de governar este teu grande povo? Estas palavras agradaram ao Senhor, por haver Salomão pedido tal coisa. E Deus lhe disse: – Já que você pediu isso e não me pediu longevidade, nem riquezas, nem a morte de seus inimigos, mas pediu entendimento, para discernir o que é justo, eis que farei como você pediu. Eu lhe dou um coração sábio e inteligente, de maneira que antes de você nunca houve ninguém igual a você, nem haverá depois de você” (1 Reis 3:8-12)
Foi por isso, por Salomão ter pedido apenas para ser um rei sábio para julgar e entender o povo que, em Provérbios e Eclesiastes, livros escritos por ele próprio, encontramos conselhos de sabedoria prática para administrar as finanças. Esses livros devem ser lidos muitas e muitas vezes, como direcionadores para a condução de nossa vida.
VEJAMOS ALGUNS DESSES CONSELHOS:
Provérbios 19:20 – “Ouça os conselho e receba a instrução, para que você seja sábio a partir de agora.”
Provérbios 1:15 – “O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos.”
Provérbios 18:15 – “O coração do sábio adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios procura o saber.”
Ter uma mente sábia é fundamental para gestão das finanças. Assim como Deus concedeu sabedoria a Salomão, Ele quer das a todos aqueles que Lhe forem fiéis e pedirem. Tiago 1:5 diz: “Se, porém, algum de vocês necessita de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá com generosidade e sem reprovações, e ela lhe será concedida.”
O apóstolo ainda diz, no verso 17, o seguinte: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm lá do alto, descendo do Pai das luzes, em que não pode existir variação ou sombra de mudança”. Isso significa que Deus é extremamente generoso para nos dar a inteligência necessária para liar com o dinheiro, administrar as finanças e alcançar a prosperidade e riqueza. Falaremos mais um pouco sobre esse assunto na próxima lição.
CAPÍTULO 4
GUIA SEGURO PARA A VIDA
“Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema o Senhor e afaste-se do mal” Provérbios 3:7
SALVAÇÃO E LIBERTAÇÃO
Na lição anterior, falamos sobre a importância de adquirirmos sabedoria como fez Salomão, que foi o homem mais sábio e próspero do mundo. Como vimos, Salomão nos deixou vários conselho sobre a vida, trabalho, prosperidade e riquezas. Mas, como seguir os conselhos de Salomão e encontrar instrução para ser sábio, para ter conhecimento para gerir o dinheiro e as finanças da família?
Por exemplo, se alguém deseja escalar uma montanha, explorar cavernas, ou qualquer outra aventura, será necessário contratar um guia. Esse profissional deve ser alguém que já fez a jornada várias vezes e conhece o caminho; alguém que sabe onde e como andar, qual o melhor horário para isso, garantindo que todos cheguem ao destino com segurança.
Jesus declarou que “seu um cego guiar outro cego, ambos cairão no buraco” (Mateus 15:14). Para alcançar a prosperidade e riqueza dentro dos planos de Deus, o conhecimento deve ser buscado em fontes que se alimentam das Escrituras Sagradas. As ações de Satanás para arruinar a vida dos filhos de Deus tem como objetivo final o de levá-los à morte eterna. Esse caminho pode ser através das drogas, dos vícios da criminalidade, mas também pela acumulação de bens, dinheiro e riquezas.
Os corruptos são aqueles que têm muito, que vivem, pensam e trabalham movidos pela ganância, sem se importar com os pobres. Grandes fortunas estão nas mão de poderosos e celebridades, muitos deles infiéis, ateus, pervertidos e escravos de suas próprias imagens e desejos de consumo.
Em Lucas 12:15, encontramos a advertência de Jesus: “Tenham cuidado e não se deixem dominar por qualquer tipo de avareza, porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela tem”. Precisamos entender que Satanás vai fazer de tudo para que a avareza, o dinheiro e a ganância tomem o lugar de Deus, ocupando o trono da vida do homem e, dessa forma, levando-o à ruína.
Na parábola do semeador, é dado um destaque sobre o perigo das riquezas, quando ela se torna uma prioridade ou uma obsessão: “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém as preocupações deste mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera”. Mateus 13:22
Uma das artimanhas de Satanás para que Jesus fracassasse em Sua missão, foi exatamente dar a Ele as riquezas deste mundo, conforme descrito em Mateus 4:8,9, que diz: “O diabo ainda levou Jesus a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e disse: – Tudo isso lhe darei se, prostrado, você me adorar”. Existe uma grande diferença entre ser rico com Deus e ser rico sem Deus.
Ser rico sem Deus pode ser uma maldição que vai, com certeza, levar à perdição eterna. Enquanto, ser rico com Deus é uma bênção, pois esse servo fiel ao Senhor vai promover a Sua obra neste mundo e ajudar o próximo.
Exatamente por esse motivo, de seguir o conselho de Salomão e buscar a instrução para ser sábio de acordo com a Bíblia, o exemplo deve vir de pessoas que temem a Deus, que observam e vivem sob as Suas Palavras.
Há muitos autores de livros e influenciadores que falam de finanças, mas apenas estimulam seus leitores e seguidores a serem ricos, sem dizer o que fazer com a riqueza. Além de ensinarem a satisfazer os desejos pessoais, esses autores não falam sobre a importância de dizimar, ofertar, ajudar o próximo e promover a pregação do Evangelho.
O objetivo da maioria deles é buscar a riqueza para “satisfazer os sonhos” que, em muitos casos só tem a ver com prazeres e acumulação de bens, e nada com a salvação eterna.
Ao seguir orientações e conselhos de educadores que não temem a Deus, todo cuidado é pouco. Lembrem da advertência de Jesus: “Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” Mateus 12:30. O único guia seguro para a vida são os sábios conselhos e advertências que Deus nos deixou em Sua Palavra. Segui-los é sinal de maturidade espiritual e certeza que nosso futuro estará seguro em Suas mãos.
CAPÍTULO 5
PROSPERIDADE E PERSEVERANÇA
“Poder comer, beber e desfrutar o que se conseguiu com todo o trabalho é dom de Deus” Eclesiastes 3:13
EMPREENDIMENTOS QUE SÃO REALIZADOS EM NOSSAS VIDAS
Um texto muito construtivo que encontramos na Bíblia está em Hebreus 12:1-2, que declara: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de todo peso e do pecado que tão firmemente se apega a nós e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé”.
Esse texto deve ser aplicado a todos os empreendimentos que são realizados em nossa vida: estudos, carreira, vida profissional, vida financeira e em muitos outros. Aplicando-o à vida financeira, a primeira advertência do apóstolo é que cada um de nós está “rodeado de testemunhas”. A forma como conduzimos as finanças poderá confirmar ou negar nossa fé, e exercerá influência em quem vive ao nosso redor.
Um cristão que não paga suas contas dá um péssimo testemunho de sua fé e cria um bloqueio que impede aos outros de conhecerem a Deus. A mesma coisa acontece com um cristão que esbanja suas finanças, que faz um mau uso do seu dinheiro, que age com usura*, mesquinhez etc. Outra atitude muito triste são as brigas que acontecem em casa por conta das finanças, pois isso é uma péssima influência para os filhos.
Outro desafio é deixar todo o pecado que “tão firmemente se apega a nós”. As tentações que envolvem o dinheiro são inúmeras. Não apenas as maneiras erradas para obtê-lo, como a cobiça, desonestidade, sonegação de impostos e corrupção, mas também como e com o que estamos gastando nosso dinheiro.
A Bíblia apresente o exemplo triste de Judas, que era um dos discípulos de Cristo. Ele era o gestor das finanças do que Jesus e Seus apóstolos recebiam, mas, secretamente, retirava para si parte do que era arrecadado.
Quem sabe lá no fundo de seu coração, ele achava que tinha esse direito, por trabalhar para a obra de Cristo. Vejamos o que a Bíblia diz sobre ele: “Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que estava para trair Jesus, disse:-Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e o valor não foi dado aos pobres? Ele disse isso não porque se preocupava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa do dinheiro, tirava o que era colocado nela” (João 12:4-6)
Devemos eliminar de nossas vidas o uso indiscriminado do dinheiro com coisas nocivas à saúde física e espiritual. Bebidas alcoólicas, fumo, drogas e gula são exemplos de pecados que devem ser abandonados. Na sequência do texto de Hebreus, há um importante conselho: “Corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”. O ideal é que todos se preparassem para um dia alcançar a independência ou liberdade financeira, que são idênticas.
O que é a independência ou liberdade financeira? É quando alguém tem renda suficiente para viver com qualidade de vida, sem precisar mais trabalhar. Esse alvo não precisa ser alcançado apenas quando se chega à aposentadoria, mas mesmo durante a vida ativa. É a chamada renda passiva, proveniente de renda de locação de imóveis, royalties*, juros compostos ou dividendos. A jornada para chegar lá é cheia de percalços, por isso, deve haver perseverança.
A construção de um patrimônio é feita inicialmente com pequenos aportes*, com atenção aos detalhes com a economia, cuidando não apenas das grandes despesas, mas também das pequenas, como acontece no mundo dos negócios. Grandes corporações que se tornaram impérios começaram em uma pequena loja, uma garagem ou até dentro de casa.
Por último, o essencial: a riqueza só produzirá felicidade se for submetida a Cristo. Por isso, o conselho do apóstolo: “Corra sua jornada olhando para Jesus”. Olhar para Jesus é coloca-Lo como prioridade na vida (Mateus 6:33); é seguir Seus ensinamentos (Mateus28:20); é guardar Seus mandamentos (João 14:15); ou seja, na vida financeira, nada será feito em desacordo com a Palavra do Senhor.
Um dos milagres mais incríveis de Jesus foi quando Ele andou sobre as águas em meio a uma tempestade. Antes que Jesus acalmasse essa tempestade, Pedro O reconheceu e Lhe pediu que andasse sobre as águas também. Jesus respondeu: “Vem”. Enquanto olhava para Cristo, Pedro miraculosamente andou sobre as águas, mas quando temeu e desviou os olhos de Cristo, ele começou a afundar no mar agitado. Pedro clamou por socorro e Jesus o socorreu. Ao entrarem no barco, Jesus declarou: “-Homem de pequena fé, por que você duvidou? (Mateus 14:31). Note que Jesus não repreendeu a Pedro por querer andar sobre as águas, mas sim, por ter fraquejado em sua fé.
Não há nenhum pecado em “querer andar sobre as águas”. Ser uma pessoa de destaque na sociedade, ter um nome reconhecido, realizar grandes conquistas materiais e alcançar rapidamente a independência financeira. Não é pecado “andar sobre as águas”. Pecado é desviar os olhos de Cristo. Dinheiro com Deus é uma bênção, mas sem Ele, é um caminho para a perdição.
CAPÍTULO 6
A PROSPERIDADE E A FAMÍLIA
“Bem-aventurado aquele que teme o Senhor e anda nos seus caminhos! Você comerá do fruto do seu trabalho, será feliz, e tudo irá bem com você. Sua esposa, no interior de sua casa, será como a videira frutífera; seus filhos serão como rebentos da oliveira ao redor da sua mesa.” Salmo 128:1-3
RECONHEÇA A IMPORTÂNCIA QUE O DINHEIRO TEM
Para ter sucesso financeiro é fundamental reconhecer a importância que o dinheiro tem. Será que teríamos um animalzinho em casa se isso não fosse importante? Uma motocicleta ou um carro? Da mesma forma, se o dinheiro não for importante para nós, certamente não teremos nenhum. As pessoas que dizem que o dinheiro não é importante são, geralmente, aquelas que não têm nada.
Uma vez que tenhamos esse pensamento a respeito do dinheiro, como será possível construir uma jornada financeiro em busca da riqueza, prosperidade e uma vida estável e equilibrada? Tudo começa dentro de casa, entre os membros da família, mas, principalmente, com o casal.
Quando o rei Salomão descreveu sobre a importância da unidade do casal, ele usou as seguintes palavras: “Melhor é serem dois do que um, porque maior é o pagamento pelo seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro. Mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem junto, eles se aquecerão; mas se for um sozinho, como se aquecerá? Se alguém quiser dominar um deles, os dois poderão resistir; o cordão de três dobras não se rompe com facilidade” (Eclesiastes 4:9-12).
O casal deve trabalhar unido, com total e ampla transparência. A esposa deve conhecer os detalhes das finanças, receitas e despesas, tanto quanto o marido. O texto base da união conjugal, em Gênesis 2:24, diz que “ambos serão uma só carne”. Este texto se refere a uma união integral, ou seja, espiritual, física e material.
Pode até ser que um dos cônjuges tenha mais habilidade para lidar com o dinheiro; que ele ou ela seja o responsável pelos pagamentos, por guardar as notas, fazer a declaração do imposto de renda, conferir os extratos bancários, etc. Mas isso não lhe dá o direito de tomar decisões sozinho. Ambos devem conhecer os detalhes e, o mais importante, tomarem decisões em conjunto. E devem, juntos, buscar a ajuda do Pai Celestial, pois quando Salomão menciona “o cordão de três dobras”, naturalmente está adicionando ao casal a presença da bênção de Deus.
O escritor Harv Eker afirma com propriedade: “É o que está embaixo da terra que cria o que está acima dela. É o invisível que produz o visível. Para mudar os frutos, primeiro tem que trocar as raízes – quando se deseja alterar o que está visível, antes deve modificar o que está invisível.” É em casa que se faz o planejamento, o orçamento, onde se determina os sonhos e a família lança as bases para uma vida financeira de prosperidade.
Uma vez que as “raízes” estão lançadas, agora é seguir em frente que os frutos virão no seu devido tempo. É importante o envolvimento de todos os membros da família. Os filhos devem participar desde cedo, conhecendo o orçamento e os seus limites. A palavra-chave é compartilhar, porque quem participa, colabora. O princípio é simples: Quem ajuda a ganhar tem o direito de gastar. Quem ajuda a gastar tem o dever de ajudar a ganhar. Quem não trabalha tem o dever de ajudar a economizar.
O grau de envolvimento dos filhos deve aumentar à medida que eles amadurecem. Uma vez que os filho participam na elaboração do orçamento e conhecem os limites e as prioridade, com certeza entenderão um “não” da parte dos pais, quando for necessário. As expectativas em relação as possibilidades e limites na vida financeira familiar deve começar quando os planos para o casamento estão sendo realizados. É comum, principalmente para a noiva, que o padrão de vida mude após o casamento. Não será fácil para o jovem marido, recém-casado, que muito provavelmente está dando os primeiros passos na vida profissional, ainda em formação e estudado, oferecer à jovem esposa o mesmo conforto proporcionado por seus pais que tinham a vida financeiro totalmente consolidada.
Por esse motivo, para que não haja uma frustação por parte do jovem casal, logo após o casamento, deve ser feito um “alinhamento de expectativas”, que nada mais é do que um diálogo franco sobre o orçamento do novo lar que estão formando. O ideal é que eles unifiquem as rendas de ambos e façam o orçamento dentro do que ganham, definindo, assim , o novo padrão de vida, que pode ser inferior ao que tinham antes sob o sustento dos pais.
Quando a Bíblia diz que “o homem deixará pai e mãe para se unir à sua mulher” (este “deixar” é para ambos), entende-se também que este “deixar” é físico, emocional e financeiro. Os pais podem até dar presente, um apoio, uma ajuda pontual ao jovem casal. Mas o casal jamais deve manter uma dependência dos pais. A jornada na construção de uma nova vida material e financeira deve ser feita por ambos, unidos nas decisões, no controle e nos propósitos.
Pode ser que algum leitor deste estudo diga que no seu caso a harmonia conjugal nas finanças é algo impossível, pois uma das partes se nega a conversar, dialogar e trabalhar junto. O que deve ser feito quando isso acontece?
Não é fácil mudar pessoas que não querem fazer sua parte no cuidado das finanças. O dever de cada cônjuge é usar o que aprendeu para melhorar a si mesmo e a sua vida, e, assim, influenciar a outra parte. A família deve estar unida, orando a Deus e buscando sabedoria para compartilharem as decisões sobre finanças a fim de que haja harmonia e bem-estar no lar.
CAPÍTULO 7
CONSELHOS PRÁTICOS
Parte 1
“Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! E mais excelente, adquirir a prudência do que a prata!” Provérbios 16:16
CUIDADO COM O CONSUMISMO
Se você fosse atribuir um fator determinante para a estabilidade financeira da família, qual seria? É fato que a estabilidade financeira de uma família não está associada necessariamente ao tamanho da renda, mas à uma boa administração das despesas. O mesmo acontece no mundo corporativo*. As empresas mais estáveis nem sempre são as que mais faturam, e sim as que têm uma boa gestão de seus custos.
Para serem competitivas no mercado, além de qualidade nos produtos, serviços e bom atendimento, elas precisam ter um preço justo naquilo que oferecem a seus clientes. E um dos fatores que mais contribuem para a definição dos preços são os custos.
Na vida pessoal acontece o mesmo. Se não há uma boa gestão das despesas, o padrão de vida fica mais caro e a qualidade é comprometida. O consumo compulsivo sem planejamento mina as economias da família.
Vivemos em uma sociedade extremamente consumista. O tempo todo somos bombardeados por propagandas, elas estão em todos os lugares, como TV, rádio, internet, outdoors, jornais, revistas, redes sociais, transportes, vitrines, placas, carros de som etc. Muitos cedem à tentação. Essa doença chamada consumismo conduz ao endividamento e de igual modo, à redução da qualidade de vida com o pagamento de despesas com juros e mais juros. Além da instabilidade financeira, o consumismo afeta outras áreas da vida, como os relacionamentos, a família, o casamento, a saúde e fidelidade a Deus.
Em Ageu 1:6, a Bíblia traduz o consumismo com as palavras: “Vocês semearam muito e colheram pouco, comem, mas isso não chega para matar a fome; bebem, mas isso não dá para ficarem satisfeitos; põem roupas, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa sacola furada”.
Traumas da infância em ralação ao dinheiro também podem afetar a forma como as pessoas conduzem suas vidas financeiras, tornando-as consumistas. E essa doença trem nome: oneomania – que é o transtorno compulsivo por compras. O psicanalista e professor da ESPM Pedro de Santi explica: “A dependência é o encontro de uma estrutura emocional frágil desde a infância como um grande apelo de consumo na sociedade”.
Para controlar o impulso pelas compras, o planejamento é fundamental, isto é, saber o que comprar, quando e como pagar. Ninguém deveria ir às compras sem ter esse planejamento básico. O que deve definir uma compra não deve ser o saldo bancário, mas sim o orçamento.
Fazer uma lista com antecedência do que comprar no mercado será fundamental para otimizar o orçamento, pois evita comprar o que não precisa e evita esquecer o que é necessário, tendo posteriormente que suprir a necessidade com opções mais caras e, em muitos casos, com desperdício de tempo.
Ao tratar de um assunto delicado como o de um cristão causar escândalo e se tornar pedra de tropeço para o seu semelhante, Jesus usa uma metáfora poderosa para nos deixar um precioso conselho que também pode ser aplicado à questão do consumismo:
“E, se a sua mão leva você a tropeçar, corte-a;…se o seu pé leva você a tropeçar, corte-o;…se um dos seus olhos leva você a tropeçar, arranque-o…” Marcos 9:43-47
Essa metáfora nos ensina que o desenvolvimento espiritual na vida cristã requer sacrifício e disciplina. No aspecto da economia pessoal ou familiar não é diferente, pois a maturidade financeira também envolve disciplina e sacrifício. Ou seja, tudo que leva uma pessoa a ceder às tentações do consumo deve ser “cortado”. Como é o caso do uso indiscriminado do cartão de crédito. Se alguém não consegue controlar seus impulsos, que corte o cartão e o jogue fora.
Se uma família vai passear no shopping e quer apenas dar uma volta, almoçar, jantar, ou apenas tomar um sorvete e não quer correr o risco de gastar um dinheiro que não tem ao ser exposta às muitas “promoções”, que deixe em casa os cartões de débito e crédito e leve apenas o dinheiro do estacionamento e do que se propôs a fazer indo até o shopping.
DOMINE SEUS IMPULSOS
Saber distinguir a diferença de desejo e necessidade é fundamental para dominar os impulsos. Diante de uma decisão de consumo, é importante fazer as seguinte perguntas antes de comprar: Preciso mesmo deste produto? Se eu não comprar, vai fazer falta? É o momento certo de comprar? O valor está dentro do meu orçamento? Se uma das respostas for não, então não compre!
Se você tem dificuldade de exercer o autocontrole, há uma boa notícia, pois Deus, eu Sua infinita bondade, provê uma solução para essa fraqueza. É isso o que o apóstolo Paulo escreveu: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” Gálatas 5:22-23.
Então, para que você tenha domínio próprio, é necessário ser cheio do Espírito Santo. Mas note que as promessas de Deus não param por aqui, pois Jesus ainda acrescenta a informação de que Deus deseja dar o Seu Espírito em abundância a todos aqueles que pedirem, como declarado em Lucas 11:13: “Ora, se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai celeste dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!”
Para os casos mais complexos, principalmente os descontroles gerados por traumas do passado, é importante procurar ajuda, dedicar tempo à uma terapia e se submeter a um tratamento que envolva médicos ou especialistas. Isso fará toda diferença e ajudará a pessoa a entender e a lidar com essas questões.
RESPONSABILIDADE COM OS GASTOS
Viver sem um planejamento financeiro é como andar de olhos vendados à beira de um precipício. Portanto, uma vez que a base familiar já está bem estabelecida, é necessário trabalhar com eficiência para que o planejamento e o orçamento sejam executados como previstos. Para tanto, deve-se gastar o salário com responsabilidade. Em primeiro lugar, com o que pode e não com que o que se deseja, gastando de acordo com as possibilidades da família.
Saber como gastar é tão importante quanto ganhar. Uma pessoa pode ser um excelente vendedor, de destaque, ganhar muitos prêmios, mas se não souber administrar seus ganhos, tudo será em vão. Por isso, ter um orçamento, comprar somente à vista, fazer pesquisas de preços antes das compras, praticar a economia doméstica, fazer lista de compras para o mercado, etc., trarão redução de despesas e, como consequência, um melhor aproveitamento da renda e qualidade de vida.
Vale ressaltar algo muito significativo, que são as despesas com alimentação fora de casa e em momentos de lazer, no mercado, restaurantes e praças de alimentação. Além do custo, deve-se considerar o impacto na saúde.
Nosso corpo e mente são nossas ferramentas de trabalho. Cuidar da saúde significa ter uma mente “limpa” para o aprendizado e, consequentemente, mais oportunidades de crescimento. Ter um corpo saudável significa mais produtividade. Além disso, jamais deveríamos nos esquecer de que o corpo é o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19), e que um corpo saudável e uma mente iluminada pelo Espírito de Deus proporcionarão as virtudes necessárias para uma vida equilibrada em todos os aspectos.
ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA E O FUTURO
Todos nós deveríamos nos fazer a seguinte pergunta: Como eu gostaria que estivesse minha vida financeira daqui a 5, 10, 20 anos, ou quando chegar à aposentadoria? Como estará a minha vida financeira quando chegar lá?
Não é difícil responder a essa pergunta. Vamos fazer aqui uma comparação com a saúde física, pois o mesmo conceito pode ser aplicado à nossa relação com ela. Se queremos saber como vai estar nossa saúde daqui a 5, 10 ou 20 anos, basta parar para analisar como estamos cuidando dela hoje. Se praticamos exercícios físicos regularmente, se temos uma boa alimentação saudável, se respeitamos as horas de repouso, se o sono é reparador, se nos abstemos de coisas nocivas como o fumo, drogas, bebida alcóolica, refrigerantes, açúcar, frituras, gorduras, etc., certamente teremos uma boa saúde lá na frente. Mas se negligenciamos os princípios básicos de saúde, a “fatura” virá, e a conta poderá ser alta. A mesma coisa acontece com as finanças. Se hoje ignoramos os princípios básicos de uma boa educação financeira, a “fatura” virá, com certeza!
Infelizmente, muitas pessoas não se empenham na busca pela prosperidade e os motivos são os mais diversos: incredulidade, dívidas, acham que estão velhos demais para começar, pensam que riqueza é para os ricos, acreditam que por serem pobres nunca irão chegar lá, etc.
Existe um lindo verso da Bíblia que pode muito bem ser aplicado à questão financeira. O texto diz assim: “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Provérbios 4:18).
Muitas pessoas sonham com a ideia do enriquecimento rápido. A menos que se ganhe uma herança ou acerte na loteria – o que, além de ser ilusório e viciante, é também uma perda de dinheiro – ninguém fica rico da noite para o dia. A busca da prosperidade é uma longa jornada, onde se dá um passo de cada vez até chegar ao alvo. É economizando e investindo um pouco aqui e um pouco ali que a riqueza será construída. Por isso, é importante ter um planejamento. Mais uma vez o livro de Provérbios nos instrui sobre a necessidade de um bom plano financeiro e nos adverte quanto à ideia do enriquecimento rápido:
“Os planos bem elaborados levam à fartura; mas o apressado sempre acaba na miséria” Provérbios 21:5
O processo para se librar de dívidas, ou mesmo a busca da prosperidade começa da mesma forma como a cura para uma doença. A primeira coisa a ser feita é um diagnóstico. É somente depois que um médico examina o paciente e tem em suas mãos os resultados dos exames que ele prescreve o tratamento.
Todos devem fazer um diagnóstico de sua vida financeira, seja para iniciar a liquidação das dívidas, para começar a jornada da busca da prosperidade ou para fortalecer o aumento do patrimônio.
Esse diagnóstico envolve saber com precisão qual a renda da família e onde está sendo gasta. Os aplicativos de smartphones ou mesmo uma pequena caderneta são muito úteis para que todas as despejas sejam anotadas, pequenas e grandes, Depois de alguns meses, uma média mensal das despesas deve ser feita, e esta deve ser comparada com a renda média da família. O resultado dessa equação (renda menos despesa), deve ser positivo. Ou seja, se uma família consegue fazer três mil reais por mês, a despesa mensal deve ser menor que esse valor. Esse é o princípio básico de economia.
Para ser traçada a rota de uma viagem, é necessário saber a sua localização e para onde quer ir. Uma vez que isso esteja muito bem definido, então é possível escolher o melhor caminho para se chegar lá.
Na vida financeira acontece o mesmo. É importante saber como está a sua realidade atual, qual o seu padrão, onde está sendo gasta a renda da sua família e, então, definir os seguintes pontos: o que você precisa manter, o que deve excluir, e quais passos devem ser dados em direção aos objetivos que você e sua família propuseram. É com base nesse diagnóstico e com o conhecimento de para onde está indo cada centavo da renda que será elaborado o orçamento.
CAPÍTULO 8
CONSELHOS PRÁTICOS Parte 2
“As dívidas para o homem honesto, são uma servidão amarga”
FUJA DAS DÍVIDAS
A dívida realmente pode escravizar uma pessoa e, por essa razão, o sábio Salomão faz uma poderosa advertência para que fujamos dela do mesmo modo que uma “gazela” foge “das mãos do caçador” (Provérbios 6:3-5). O apóstolo Paulo corrobora com este pensamento ao afirmar o seguinte: “Paguem a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. Não fiquem devendo nada a ninguém, exceto o amor de uns para os outros. Pois quem ama o próximo cumpre a lei”. Romanos 13:7-8
A dívida é uma doença que leva a vida financeira à falência. Comprar a vista e pagar as contas em dia é fundamental para que a jornada em busca da prosperidade financeira seja realizada com sucesso. Assim como não se deve gastar tudo o que se recebe, também não se deve gastar antes de receber. É difícil viver sem se endividar? Talvez para muitos pareça difícil, mas com certeza é possível.
Se você estiver disposto a realizar só o que é fácil, a vida será difícil. Mas se concordar em fazer o que é difícil, a vida se tornará fácil.
“Alguém pode dizer que é difícil viver sem se endividar, mas muito mais difícil é sair da dívida.”
Talvez alguns pensem que a busca da prosperidade seja uma utopia*, algo impossível de ser alcançado porque estão muito endividados. Mas é importante entender que, assim como a riqueza começa pequena e cresce, da mesma forma é a dívida. O endividamento está grande, porém começou pequeno e, para liquidá-lo, tem que ser trilhado o mesmo caminho. Nosso enfoque não pode estar nos problemas, mas nas soluções.
Por exemplo, se uma pessoa só enxerga um grande problema diante de si, isso pode significar que ela está sendo tão “pequena” que não consegue mais se enxergar. Ninguém deve se deixar enganar pelas aparências. O nosso mundo exterior é, de certa forma, um reflexo do nosso mundo interior. Se queremos fazer uma mudança permanente, devemos redirecionar o foco: do tamanhos dos nossos problemas para o tamanho da nossa pessoa. Não foque nos problemas, mas nas soluções.
Todas as dívidas podem ser pagas, o que difere é o tempo de um caso para outro. Quanto maior for a dívida em relação à renda ou salário, maior será o tempo para se livrar dela, mas uma coisa é certa, isso pode ser feito.
Em primeiro lugar é preciso conhecer o perfil da dívida: a quem se deve, a quantidade de parcelas em atraso e as que ainda não venceram, saber com exatidão quanto que se deve para cada banco, loja ou instituição e a taxa de juros que está sendo aplicada em cada uma dessas dívidas. Feito isso, a pessoa poderá começar o plano de pagamento das dívidas com o saldo positivo do balanço mensal, ou seja, da receita menos a despesa. A primeira dívida a ser paga são os serviços essenciais: água, luz, gás e telefone, que são imprescindíveis. Depois, as dívidas que estão sendo corrigidas pela maior taxa de juros, e assim sucessivamente.
Algo que pode ajudar, é trocar uma dívida que está sendo corrigida com uma taxa de juros maior por outra com uma taxa de juros menor. O conhecido crédito consignado, a linha de crédito pessoal que tem a menor taxa de juros no mercado, pode ser útil para pagar dívidas que tem uma taxa de juros maior. Uma alternativa são os Feirões Limpa Nome, organizados em parceria com marcas, lojas, bancos e financeiras, em que as condições de negociação se tornam mais acessíveis ao devedor.
Mas o mais importante para se livrar das dívidas não é conhecer o seu perfil, negociar com os credores ou mesmo buscar linhas de crédito que tenham uma taxa de juros mais razoável. O passo mais importante para isso é ser humilde e reconhecer que uma mudança radical no estilo de vida deve ser feita, com medidas fortes para reduzir as despesas da família.
Se o objetivo é atingir um novo patamar na vida, deve-se sair da zona de conforto e praticar ações desconfortáveis. Mudar para um aluguel mais barato, tirar as crianças da escola particular, vender o carro ou carros e andar de transporte público, não comer fora de casa, não viajar nas férias e procurar fazer passeios gratuitos com as crianças, apenas para citar alguns exemplos. O tamanho dessas medidas será proporcional à necessidade. Sem uma mudança radical, talvez as dívidas nunca sejam quitadas.
Não gastar antes de receber é imprescindível*, mas é de se considerar certos tipos de dívida. Vejamos alguns casos:
- Quando a opção de pagar à vista com desconto não existe. Exemplos: compras de passagens aéreas parceladas sem juros nos sites e, às vezes, o mercado dá a opção de pagar em duas ou três vezes sem aumento. A vantagem neste caso é que o valor que seria pago à vista ficará investido e rendendo juros.
- Financiamento do carro, quando este é uma ferramenta indispensável para o trabalho. Normalmente a taxa de juros é baixa, uma vez que o próprio carro fica como garantia e só passa a ser seu após a quitação total. É importante lembrar que a parcela tem que caber no orçamento.
- Financiamento da casa própria.
ELABORE UM PLANO FINANCEIRO E RESPEITE SEU ORÇAMENTO
A base para qualquer empreendimento financeiro é o orçamento. Quem negligencia essa base está determinando o seu fracasso. Jesus declarou: “Pois qual de vocês, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não acontecer que, tendo lançado os alicerces e não podendo terminar a construção, todos os que a virem zombem dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não pôde acabar’” (Lucas 14:28-30
O orçamento vai determinar o padrão de vida da família, que deve ser proporcional à renda. Nesse sentido, considere com atenção a instrução da Palavra de Deus que diz: “Que a vida de vocês seja isenta de avareza. Contentem-se com as coisas que vocês têm, porque Deus disse: ‘De maneira alguma deixarei você, nunca jamais o abandonarei’”. (Hebreus 13:5).
Ao seguir fielmente o plano financeiro mantendo-se dentro do orçamento, o resultado entre as receitas da família e as despesas será sempre positivo e este saldo deverá ser utilizado para formar o fundo de reserva da família, a poupança. Alguns podem achar que o controle das finanças através do orçamento é desnecessário. Mas há um velho ditado que diz: “Você se esquece daquilo que escuta; se lembra daquilo que vê; entende aquilo que faz”.
“O ORÇAMENTO ABRE OS OLHOS DA PESSOA PARA QUE ELA ENXERGUE ONDE ESTÁ E DÁ BASE PARA ESTABELECER O LUGAR A QUE DESEJA CHEGAR.”
No momento em que o casal fizer o orçamento, entenderá por que gastam muito em determinados itens, por que dever ser mais econômicos e por que os gastos dever ser equilibrados, como estabelecer limites para fechas as contas, onde mexer para que haja sobra e gere o fundo de reserva. O orçamento abre os olhos da pessoa para que ela enxergue onde está e dá base para estabelecer o lugar a quem deseja chegar.
Todo empreendimento tem como base um orçamento sólido, em que todas as receitas estão previstas, sempre de forma conservadora, e todas as despesas são descritas, com uma boa margem para imprevistos. As empresas sólidas e geradoras de lucro e valor, realizam suas despesas com base no orçamento, não com base no saldo bancário.
Na elaboração do orçamento, todos os membros da família devem participar e conhecer os detalhes. Como base para elaboração de um orçamento, deve-se anotar por pelo menos 3 meses tudo o que a família gasta; pequenas e grandes despesas. Feito isso, é possível tirar uma média mensal dos gastos, incluindo 1/12 das despesas pagas uma única vez ao ano, como IPVA, IPTU, e assim sucessivamente. Nada deve ser esquecido. A média mensal de cada um dos itens do orçamento deve ser feita, e então usar essas informações como base para estabelecer o limite mensal de cada um dos gastos. Veja nas páginas 85, 86,87 algumas formas de como fazer essas anotações utilizando uma pequena caderneta, planilha ou até mesmo um aplicativo.
FAÇA A SUA RESERVA
O livro de Provérbios, escrito pelo sábio Salomão, está cheio de verdades práticas para o nosso dia a dia. Ele afirmou: “Na casa do sábio há tesouros preciosos e o suficiente para viver, mas o tolo desperdiça tudo o que tem” (Provérbios 21:20). Uma das razões por que as famílias não progridem na vida financeira, não constroem um patrimônio ou alcançam a riqueza, é porque gastam tudo o que recebem e estão sempre no limite.
A chave para a prosperidade é saber poupar, formar uma reserva e fazer com este montante* bons investimentos de onde venha uma receita adicional, seja com aluguéis, com juros provenientes dos rendimentos de aplicações em renda fixa ou dos dividendos dos investimentos em renda variável.
BENEFÍCIOS DA RESERVA FINANCEIRA
- Cobre os imprevistos;
- Torna o consumo mais barato com o pagamento à vista;
- Traz economia no pagamento de impostos em uma única parcela (IPVA, IPTU, etc)
- Aumenta o poder de compra e negociação na hora de realizar compras de bens: móveis, veículos, eletrodomésticos, peças, assessórios, etc;
- Garante a estabilidade financeira no longo prazo;
- Garante a realização dos sonhos da família.
O primeiro passo para a formação de uma reserva financeira é ter um orçamento fechado com uma boa sobra todos os meses. Eis a regra de ouro na vida das pessoas prósperas: viver um padrão de vida um pouco menor do que poderia. Essa regra vai facilitar tremendamente o fortalecimento da reserva financeira.
Outro aspecto importante é não gastar antes de receber, ou seja, eliminar todo e qualquer parcelamento, comprando tudo à vista. Isso vai fazer com que o montante gasto com as necessidades da família seja muito menor.
Eis as colunas da estabilidade financeira no longo do prazo:
- Não gastar tudo que recebe;
- Não gastar antes de receber;
- Formar uma reserva e reforçá-la todos os meses;
Pode ser que alguém diga que a reserva financeira é tão importante que ela deve ser prioridade, ou seja, ao receber o salário, deve-se separar primeiro o valor da reserva financeira e só então realizar as despesas e o pagamento das dívidas, mas antes de pagar as dívidas é um erro grave, pois haverá perda de renda. Não faz sentido ter uma reserva rendendo a uma taxa de juros de 1% ao mês se alguém tem uma dívida sendo corrigida a uma taxa de juros de 3% ao mês. A prioridade máxima da família é quitar as dívidas e só depois começar a fazer a reserva financeira.
Temos um exemplo na Bíblia sobre isso, no conselho de Eliseu à viúva, após realizar o milagre da multiplicação do azeite. Está em 2 Reis 4:7: “Então ela foi e contou ao homem de Deus. Ele disse: -Vá, venda o azeite e pague a sua dívida; e você e os seus filhos vivam do que sobrar”.
A dívida é um mau testemunho, e se livrar dela deve ser uma prioridade na vida de todo cristão. Sobre dívidas bancárias, todo cuidado é pouco. Apenas renegociar não é suficiente. A taxa de juros tem que ser praticável, justa e honesta. Renegociar simplesmente para ter uma parcela de amortização mensal que cabe no orçamento, mas sem considerar a taxa de juros, é um erro grave. Se a taxa de juros não é razoável, deve-se deixar o pagamento do banco para o período de prescrição* da dívida, quando certamente será paga com uma correção justa. Neste ponto é importante conhecer as implicações disso, porque mesmo que a dívida caduque* depois de cinco anos, ela continuará existindo. O que muda é que o banco não poderá mais cobrar judicialmente, mas a dívida deve ser paga porque isso é uma responsabilidade de todo cristão (Romanos 13:7-8; Mateus 22:21)
“A DÍVIDA É UM MAU TESTEMUNHO, E SE LIVRAR DELA DEVE SER UMA PRIORIDADE NA VIDA DE TODO CRISTÃO”
CAPÍTULO 9
OUSE SONHAR
“Quem deixa de sonhar, deixa de viver” Ditado popular
TENHA METAS
Muitas famílias não se motivam a crescer na vida financeira, e só trabalham para pagar as contas. O resultado inevitável é que acabam sobrevivendo apertadas mês a mês. Muitos fatores contribuem para isso, mas sem dúvida a falta de sonhos, metas e objetivos são alguns dos principais motivos.
Há um ditado popular que diz que “quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. É importante ter uma meta, estabelecer objetivos patrimoniais, ter sonhos e projetos para a família, pois isso vai trazer motivação para economizar. E esses sonhos devem alcançar todos os membros da família.
Há uma lei universal que diz: “Aquilo que focalizamos se expande”. Se focarmos nos nossos objetivos e sonhos, eles se expandirão diante de nós.
Os sonhos e os objetivos não devem ser apenas para satisfazer desejos, como uma viagem internacional, férias especiais ou alguma atividade prazerosa, mas devem também ter como propósito a formação do patrimônio da família.
Esse patrimônio deve ser de bons ativos, que gerem renda e não despesas. Automóvel, por exemplo, ne deve ser considerado como “patrimônio, um ativo, pois além de ele depreciar rapidamente, independente do uso, também traz muitas despesas. Casa de praia é outro exemplo de um ativo ruim, pois se a mesma não puder ser alugada, só vai gerar despesas.
Bons ativos são imóveis que trazem renda de aluguéis ou bons investimentos do mercado financeiro, que aumentam com os juros compostos ou com dividendos. Ao estabelecer sonhos e objetivos, estes devem ser qualificados e deve-se estabelecer uma data para que seja realizados. O montante deve ser dividido pelo número de meses até a realização, para se saber exatamente o quanto será necessário economizar mensalmente.
Ter sonhos é bom, mas muito melhor é realizá-los. Os sonhos, cuja realização alcança todos os membros da família, geram um poderoso engajamento na busca da economia e, assim, se tornam mais fáceis de serem realizados. Portanto, eles devem ser compartilhados com toda a família e relembrados de tempos em tempos. E como fazer isso?
Pode parecer um pouco trabalhoso, mas na verdade é muito fácil e vale a pena seguir os seguintes passos:
- Todos os projetos, objetivos e sonhos de família devem ser escritos, anotados em uma agenda, caderno ou planilha e passado de ano para ano, para que não sejam esquecidos.
- É muito bom ter também pequenos sonhos para o médio e até curto prazo. A realização deles será uma grande motivação para que os grandes sejam alcançados.
- As conquistas patrimoniais da família devem ser celebradas, pois nelas há um fortalecimento da visão de médio e longo prazo. Essa celebração não precisa ser complexa e nem cara, mas ela tem o seu lugar e precisa ser celebrada.
Em Lucas 15 encontramos três parábolas com grandes ensinamentos. Elas falam de conquistas que foram realizadas: uma ovelha perdida que foi resgatada; uma dracma perdida que foi encontrada; e um filho pródigo que volta para casa e para os braços do pai. As três histórias terminam com felicidade, alegria e festa.
CASA PRÓPRIA, O OBJETIVO PATRIMONIAL NÚMERO 1
Existe uma dúvida entre os investidores se compensa comprar uma casa ou morar de aluguel e investir no mercado financeiro. Vale destacar que a obtenção da casa própria vai muito além de apenas um investimento. A casa própria traz segurança para a família.
A avaliação a ser feita é o quanto se gasta com aluguel, pois este representa uma das maiores despesas no orçamento da família. Por isso, deve-se fazer um estudo cuidadoso, pois pagar um financiamento, mesmo que por um longo prazo, é muito melhor do que pagar aluguel. Em cada parcela de um financiamento existe uma amortização do saldo devedor. é como comprar uma casa em pequenas parcelas a uma taxa de juros extremamente razoável.
O ideal é que o valor da prestação fique bem próxima a de um aluguel de mercado. Se por qualquer motivo a família necessitar mudar, o imóvel poderá ser alugado e garantirá o pagamento do financiamento.
Muitas pessoas ficam esperando para fazer o investimento na casa própria. Porque não pensar de outra forma? Compre e espere…o futuro dirá qual foi a melhor opção.
CAPÍTULO 10
INVISTA PARA O FUTURO
ECONOMIZANDO, POUPANDO, INVESTINDO.
“O homem bom deixa herança aos filhos de seus filhos” Provérbios 13:22
PENSE A LONGO PRAZO
Formar uma reserva financeira é pensar, a longo prazo, nos sonhos que serão realizados e nos objetivos que serão alcançados. Talvez alguém diga: como posso pensar no amanhã se mal consigo sobreviver a este momento? O fato é , no fim das contas, o amanhã se tornará hoje. Quem não cuidar do problema agora, dirá a mesma coisa de novo amanhã. Por isso, pensar no futuro é poupar e investir.
Os temas da formação de uma reserva, poupança e investimentos também são destaques em diversas passagens da Bíblia e deixam uma lição a ser praticada. A história de José no Egito é um exemplo de como Deus deseja abençoar seus filhos fiéis. Em meio à crise que lhe foi revelada, José foi inspirado por Deus e foi capaz de dar o seguinte conselho para Faraó: “Agora, pois, Faraó devia escolher um homem ajuizado e sábio e encarregá-lo de dirigir a terra do Egito. Faraó devia fazer isto: pôr administradores sobre a terra e recolher a quinta parte dos frutos da terra do Egito nos sete anos de fartura. Esses administradores deviam ajuntar toda a colheita dos bons anos que virão, recolher cereal por ordem de Faraó, para mantimento nas cidades, e guardá-lo em armazéns. Assim, o mantimento servirá para abastecer a terra nos sete anos da fome que haverá no Egito; para que a terra não seja destruída pela fome” (Gênesis 41:33-36)
A vida de José e suas ações como gestor fez do Egito a nação mais rica do mundo daquela época. Ali os povos vinham para comprar alimentos. Através da sua administração, a vida da ascendência* de Jesus (Jacó e sua família) foi preservada.
A permanência de José no Egito também foi uma bênção espiritual para a sua família, pois trouxe a oportunidade para a conversão de seus irmão ao reconhecerem o seu pecado, se arrependerem e receberem o perdão. Assim como aconteceu em uma grande e poderosa nação, a lição da poupança também pode ser encontrada na vida de pequenas criaturas como as formigas: “As formigas, povo sem força; todavia, no verão preparam a sua comida” (Provérbios 30:25)
A poupança, ou reserva, tem um duplo objetivo. Primeiro, prover o necessário para os momentos de crises e imprevistos. Segundo, porque é indispensável para a realização dos sonhos da família, através de bons investimentos. A Bíblia afasta a ideia de que investimento é só para os ricos e a parábola dos talentos, contada por Jesus em Mateus 25, nos ajuda a esclarecer este ponto. Notem o que Jesus disse exatamente àquele que tinha recebido a menor parte, retendo em suas mãos os talentos* sem fazer nada: “Você devia ter entregado o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu” (Mateus 25:27).
Este conceito de investimento também está no rol* de bênçãos materiais que Deus está pronto a conceder aos Seus filhos fiéis: “Vocês emprestarão a muitas nações, porém não tomarão emprestado” (Deuteronômio 28:12). Ao mesmo tempo em que o texto exclui o endividamento, pois “não tomarão emprestado”, também afirma que aquele que pratica os ensinamentos de Deus irá fazer investimento: “…emprestarão a muitas nações”. Emprestar nada mais é que colocar o dinheiro nas mãos de outros e receber juros por isso. No mercado financeiro, isso é chamado de renda fixa. O investidor empresta sua reserva financeira para um banco ou governo e recebe uma remuneração por isso, através de um indexador, uma taxa de juros que é determinada no momento do investimento, seja pré- ou pós-fixado.
Uma vez que esteja claro para o leitor da Palavra de Deus que o tema do investimento faz parte da jornada financeira de um cristão, é importante conhecer o básico para se investir de forma segura e estável. Na prática só existem dois tipos de investimento no mercado: renda fixa e renda variável. A diferença é que na renda fixa o investidor já sabe quanto seu dinheiro vai render no momento da aplicação. Já na renda variável, o rendimento poderá muita flexibilidade durante o período do investimento, para cima, ou para baixo. É por isso que investimento em renda variável deve ser feito para o longo prazo, no mínimo acima de 5 anos, para superar variações negativas que afetam o mercado financeiro.
Não existe o “melhor investimento”, existe o mais adequado ao perfil de cada investidor, ao montante que dispõe, ao objetivo a ser alcançado pelo tempo em que o dinheiro ficará investido. Para renda fixa existem vários produtos com características diferentes que serão muito úteis para guardar a reserva de emergência (para o dia a dia), para curto prazo (até um ano) e para o médio prazo (até 5 anos) e até para o longo prazo. Para tanto, o estabelecimento financeiro que oferece o serviço ao cliente deve estar devidamente autorizado pelo Banco Central do Brasil, cujo site fornece a relação dos estabelecimentos autorizados. A Bíblia fala de investimento com dinheiro, não fala de negociação com o dinheiro. Em Ezequiel 18:13 é dito que “aquele que emprestar com usura e receber juros não viverá”. Ou seja, a Palavra de Deus condena o empréstimo abusivo, com usura, ou seja com juros excessivos, o que diante de Deus é pecado. Serviços e produtos que especulam no mercado financeiro não podem ser considerados investimentos, como “opções binárias*”, fazer “trade”, que é comprar e vender ações. Quem o faz, está fazendo m negócio, não um investimento.
Devemos seguir os sábios conselho de Salomão se quisermos investir em renda variável, ou seja, obter instrução e conhecimento para isso, aprender como funciona o mercado financeiro e saber quais são os riscos e implicações envolvidos nas operações. O ideal é que o investidor entre em renda variável depois que já tiver uma robusta reserva financeira para as emergências e imprevistos, e para todas as despesas extras que surgem no curto e médio prazo. Não são poucos os que querem fazer “investimentos” de retorno rápido, mas isso é um grave erro. Não existem milagres. Para se construir um bom patrimônio é preciso tempo, perseverança e paciência. No dia 14 de abril de 1912 aconteceu um dos maiores desastres navais da história, quando naufragou um Atlântico Norte o navio Titanic, ao atingir um iceberg, tirando a vida de aproximadamente mil e quinhentas pessoas. Depois de uma longa e cara investigação, a causa foi que a velocidade do navio estava acima do que deveria. A informação apresentada no famoso filme é 100% verídica. Os construtores queria chegar a Nova York um dia antes do previsto e assombrar o mundo com tamanha façanha. Em investimentos, a “velocidade” é inversamente proporcional à segurança e traz riscos extremos. Devemos nos lembrar das palavras do sábio Salomão em Provérbios 10:4 que diz assim: “A mão dos diligentes vem a riqueza”. O diligente é aquele que age com sabedoria e paciência.
CAPÍTULO 11
FINANÇAS E RELACIONAMENTO COM DEUS
“Lembrem-se do Senhor, seu Deus, porque é Ele quem lhes dá força para conseguir riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu aos pais de vocês, como hoje se vê” Deuteronômio 8:18
TENHAS METAS
A Bíblia nos revela que Deus é dono de todas as coisas, que tudo vem dEle (1 Crônicas 29:14). Em Ageu 2:8 Deus nos diz: “Minha é a prata, meu é o ouro”. Por mais que Satanás tenha se apossado deste mundo, a onipotência de nosso Deus não está oculta, e como a Sua Palavra afirma muitas vezes, a mão do Senhor não está e nunca estará encolhida para abençoar Seus filhos (Êxodo 9::3; Isaías 599:1).
Vivemos em um grande conflito entre as forças do bem e do mal. De um lado estão os anjos ministradores* de nosso Deus e a ação de Seu Santo Espírito, e do outro estão as forças do mal, conduzidas pelo inimigo de Deus. A graça de nosso Deus está ao nosso dispor para nos livrar das garras do pecado, do mal, para nos proteger e conduzir com segurança ao galardão* da vida eterna onde seremos cidadãos da Cidade Santa. Mas assim como o inimigo de Deus, Satanás, não pode nos obrigar a pecar, pois essa é uma escolha pessoal, Deus também não vai nos obrigar a receber as Suas bênçãos. Estar nas mãos estendidas de nosso Pai Celestial é uma escolha a ser feita.
Há um texto muito conhecido no livro de Apocalipse onde Jesus diz: “Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em Sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Apocalipse 3:20). Temos que “abrir a porta” de nosso coração para receber a graça de Cristo e, da mesma forma, abrir a de nossa vida financeira para que todas as promessas de Deus se cumpram na condução de nossa vida material em busca de uma vida estável e próspera.
E como “abrimos a porta” para Deus em nossa vida material? Dizimando, conforme a promessa do Senhor descrita no livro do profeta Malaquias: “Eu abrirei as portas do Céu derramando bênçãos sem medida” (Malaquias 3:10). A Bíblia só apresenta uma maneira de provarmos a Deus, se Ele realmente cumpre o que promete, e esta é através dos dízimos: “‘Ponham-me à prova’, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 3:10).
É claro que as bênçãos que Deus deseja derramara sobre Seus filhos por serem fiéis dizimistas, vai muito além da questão financeira. Amor, paz, saúde e fé na família são dádivas* muito mais preciosas que as materiais, mas viver com dignidade na questão material é uma bênção 100% certa e segura para todos.
Um filho obediente de Deus não andará endividado, dando mau testemunho. Muito pelo contrário, além de dizimista fiel, será ofertante e generoso com o próximo. Observe a seguinte declaração do apóstolo Paulo, pois ela tem tudo a ver com a vida financeira: “Irmão, exortamos vocês a que progridam cada vez mais e se empenhem por viver tranquilamente, cuidar do que é de vocês e trabalhar com as próprias mãos, como ordenamos, para que vocês vivam com dignidade à vista dos de fora, e não venham a precisar de nada” (1 Tessalonicenses 4:10-12).
Dizimar é exercer nosso livre-arbítrio, nosso direito de escolha, é sair do terreno do inimigo para as mão estendidas de Deus que estão prontas para abraçar, proteger, sustentar e abençoar. Dizimar é “abrir a porta” para que Ele venha cear conosco, é tê-Lo como parte de nossa família. Ele vai se “assentar à mesa” quando estivermos fazendo nosso planejamento e orçamento, vai nos dar sabedoria para as decisões e escolhas, vai nos dar o Seu Santo Espírito, e com Ele, o domínio-próprio para resistirmos à satisfação de desejos carnais que são contrários à Sua vontade. o que a Bíblia ensina sobre finanças e o relacionamento com Deus não tem nenhuma relação com a chamada “teologia da prosperidade”, onde se apregoa* que temos que dar para receber, e quanto mais damos, mais recebemos. Deus não tem uma “banca” com bênçãos para vender. Ele abençoa segundo Seu amor e misericórdia. Por trás daqueles que promovem a teologia da prosperidade está apenas o interesse em explorar pessoas simples e humildes e se beneficiar de sua inocência. Vale aqui se lembrar das palavras de Tiago: “Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês” (Tiago 4:7)
CAPÍTULO 12
BÊNÇÃOS COMPARTILHADAS
“O generoso será abençoado, porque reparte o seu pão com os pobres” Provérbios 22:9
GRANDES RESPONSABILIDADES
Uma das maiores dádivas de nosso Deus é o privilégio de sermos pais e mães. Mas esse privilégio vem acompanhado de uma grande responsabilidade. Além de educarmos nossos filhos nos caminhos do Senhor, devemos transmitir a eles os valores que os tornarão cidadãos honestos, de caráter e que sejam testemunhas do Senhor.
Esse processo passa pela educação financeira. Primeiramente, os pais devem educar pelo exemplo, não brigando e discutindo sobre dinheiro diante dos filhos. Muito pelo contrário; devem ter uma vida sóbria e equilibrada com as finanças. Mas também devem ensiná-los na prática, e um dos métodos mais eficientes é dando a eles uma mesada que será proporcional à idade. Juntamente com a mesada, deve-se dar as devidas orientações para que gastem com responsabilidade.
Muitas são as lições a serem aprendidas, como a importância do dinheiro, a arte de ficar dentro dos limites, a valorização dos recursos e a principal delas: a oportunidade de dizimar e ofertar de suas próprias rendas, mesmo que aos olhos humanos seja pouco. Dessa forma ensinaremos nosso filhos a lição do desprendimento das coisas materiais e a fidelidade ao nosso Deus. Lembre-se das palavras: “Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” Provérbios 22:6
“Mais feliz é aquele que dá do que aquele que recebe”
A Palavra de Deus ainda apresenta um ingrediente adicional na administração das nossas finanças para que o “fascínio das riquezas” não sufoquem nossa fé, além de nos trazer o desprendimento das coisas materiais desta vida. Esse ingrediente é o “amor em ação”, ou seja, dar um pouco do que temos em forma de oferta e doações. É isso que Paulo nos ensina através das palavras de Jesus registradas em Atos 20:35 que diz: “É preciso socorrer os necessitados e lembrar das palavras do próprio Jesus: ‘Mais bem-aventurado é dar do que receber.’”. É muito bom ser feliz, melhor ainda é contribuir para a felicidade das pessoas através de nossa atenção, carinho e doação. O verso mais conhecido da Bíblia diz que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho…”(João 3:16). Dar é uma das maiores expressões de amor. O segredo para um casamento feliz é quando os cônjuges se dão um para o outro sem esperar receber nada em troca.
Jesus fez uma declaração muito oportuna que nos ajuda a lembrar de nossa responsabilidade social, declarando: “Porque os pobres estarão sempre com vocês” (Marcos 14:7). Não podemos viver neste mundo sem expressar nosso amor aos mais necessitados. Temos que colocar em prática o grande mandamento deixado por Jesus: – “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento…Ame o seu próximo como você ama a si mesmo” (Mateus 22:37-39)
Esse amor pelo nosso semelhante não é um amor fingido de meras palavras, mas um amor de coração que envolve “atos” de bondade, resignação e sacrifício. É isso o que João, o discípulo amado nos ensina. Veja o que ele escreveu: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; portanto, também nós devemos da a nossa vida pelos irmão. Ora, se alguém possui recursos deste mundo e vê seu irmão passar necessidade, mas fecha o coração para essa pessoa, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem da boca para fora, mas de fato e de verdade”. (1 João 3:16-18). Nosso Pai, em Sua infinita misericórdia e bondade, ainda concede bênçãos exclusivas àqueles que, com coração amoroso e desprendido, compartilham o que têm com os mais necessitados.
VEJA ALGUMAS BÊNÇÃOS DO SENHOR EM RESPOSTA À GENEROSIDADE:
- Quem dá aos pobres está emprestando a Deus (Provérbios 19:17);
- Quem dá com liberalidade aumenta seu patrimônio (Provérbios 11:24);
- Quem dá será abençoado (Provérbios22:9);
- Será feliz (Isaías 58:10);
- Será próspero (Provérbios 11:15);
- Suas necessidades serão supridas (Filipenses 4:19).
- O Pai o recompensará (Mateus 6:4);
- O Senhor o livrará do dia do mal (Salmos 41:1);
- Seus celeiros se encherão fartamente (Provérbios 3:10);
- Não terá falta de nada (Provérbios 28:27);
- Terá um tesouro no Céu (Mateus 19:21);
- Conhecerá a Deus (Jeremias 22:16);
- A Terra e os filhos que Deus lhe der serão abençoados (Levíticos 26:5);
Muito mais que satisfazer as necessidades imediatas dos mais necessitados, um gesto muito mais elevado é levar até eles a Palavra do Senhor. Essa é a maior necessidade a ser suprida e isso deve ser feito ofertando e doando generosamente para a pregação do Evangelho. Uma das forma de colocar isso em prática é sendo um Anjo da Esperança, é doar financeiramente para que a Novo tempo faça o seu trabalho e alcance muitas pessoas.
Se você recebeu esse curso gratuitamente, é porque alguém fez uma doação financeira para a Novo Tempo. Sem esse apoio, a Novo Tempo não produziria, nem ofereceria e enviaria cursos gratuitos como esse para milhares de pessoas todos os meses. Conheça esse projeto, confira as informações contidas nas páginas deste guia de estudo e torne-se um anjo da Esperança. Seja você um missionário também!
Quem dizima não é um Anjo da Esperança. Dizimar é um ato de responsabilidade, de honestidade, de obediência à ordem de Deus de devolver a Ele o que lhe pertence. Doar como um Anjo da Esperança é um ato voluntário de dar uma parte daquilo que pertence ao doador, um ato de amor e compromisso pela pregação do Evangelho, entendendo que a Novo Tempo pode alcançar mais pessoas com a Palavra do Senhor. Pessoas que, de outra forma, provavelmente não seriam alcançadas.
Ao terminar esse estudo, renove o seu compromisso de fidelidade a Deus e faça um compromisso de ser generoso em suas ofertas e doações para que nosso Senhor Jesus Cristo volte logo a esta Terra. E que se cumpra em nossas vidas a grande promessa: “Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida” (Apocalipse 2:20)
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Querido Deus, muito obrigado por cada Anjo da Esperança que faz a sua doação e possibilita que estudos bíblicos como este chegue às mão de milhares de pessoas. Peço a Tua bênção sobre eles e oro também em favor de cada pessoa que recebe este Guia de Estudo, para que tenha saúde, paz, esperança, sabedoria para administrar as finanças e que seja próspera em todos os seus empreendimentos. Em nome de Jesus, amém!
VOCABULÁRIO (as palavras com *)
APEGO*
Sentimento de afeição, simpatia por alguém; dedicação exagerada a algo ou alguém. Exemplos de aplicação em frases: Luci se apegou ao cachorrinho e seus pais não tiveram outra opção, a não ser adotá-lo. | O apego de Ulisses ao dinheiro o levou à ruína.
APORTE*
Contribuição financeira para um determinado fim; capital; subsídios. Exemplos de aplicação em frases: O aporte que Pedro juntou para investir irá render bons lucros em 5 anos. | Com aportes baixos, não será possível obter grandes lucros, mas ainda é melhor do que deixar guardado embaixo do colchão!
APRAZIMENTO* (APRAZ)
Sensação agradável; aprovação; que dá prazer. Exemplos de aplicação em frases: Muito me apraz conversar sobre a Bíblia! | Não me apraz discutir assuntos que não compreendo por completo.
ASCENDÊNCIA*
Origem; genealogia; gerações que antecedem. Exemplos de aplicação em frase: Fiz uma pesquisa para descobrir minha ascendência. | Tenho ascendência europeia, minha bisavó nasceu em Portugal.
ATROCIDADE*
Crueldade; ação repleta de perversidade e maldade. Exemplo de aplicação em frase: Uma guerra é cheia de atrocidades. | A atrocidade que assisti no filme me deixou chocado.
OPÇÕES BINÁRIAS*
São operações financeiras que buscam lucros de curtíssimo prazo apostando na subida ou descida dos preços de um ativo financeiro – daí o nome binário, porque só pode subir ou descer. Se você achou parecido com uma aposta em um jogo de azar, acertou. Exemplos de aplicação em frase: Perder todo o dinheiro aplicado é o principal risco das opções binárias
CADUCAR*
Envelhecer; prescrever por ter terminado o prazo de validade ou por não terem sido cumpridas as condições. Exemplos de aplicação em frases: Não pense que sua dívida caducou e o banco não se lembrará mais de você, o sistema não esquece os maus pagadores. | Júnior surpreendeu ao aparecer lúcido e disposto, muitos acreditavam que já estivesse caduco.
CORPORATIVO*
Referente à empresa ou aos grupos de empresas proveniente de um ou mais setores de atividade econômica. Exemplos de aplicação em frases: Vinícius está estudando inglês para se destacar no universo corporativo. | Algumas empresas do mesmo setor se juntaram a fim de formarem uma grande corporação.
DÁDIVA*
Ação de ofertar voluntariamente um presente. Exemplos de aplicação em frases: A vida é uma dádiva de Deus. | Hoje tive a dádiva de ver meu neto se formar em medicina.
GALARDÃO*
Recompensa por serviços prestados; prêmio; glória. Exemplo de aplicação em frase: Dezembro é mês de galardão para os trabalhadores que se destacaram na empresa. Deus é o nosso grande galardoador.
IMPRESCINDÍVEL*
Necessário; indispensável; essencial; que não pode faltar. Exemplos de aplicação em frases: O piano é imprescindível ao pianista, sem ele não há concerto. | É imprescindível que todos os alunos levem caneta para a prova.
MINISTRADOR*
Ministrar: dar aulas; realiza cerimônias; administra medicação. Exemplos de aplicação em frases: Flávio veio para ministrar biologia na faculdade. | O Pastor ministrou a cerimônia de casamento lindamente! | A medicação foi ministrada conforme as orientações da bula.
MONTANTE*
Soma de algo que possa ser contado; quantia; lucro sobre um valor investido. Exemplos de aplicação em frases: Vânia decidiu pagar o carro à vista apenas com o montante de seus lucros. | O montante que possuo é suficiente para dar 30% de entrada no apartamento.
MORDOMO*
Administrador de uma casa ou estabelecimento; pessoa de confiança que tem autonomia para administrar o orçamento e empregados de uma grande residência. No sentido espiritual, é a responsabilidade de administrar todos os recursos da vida para a glória de Deus, reconhecendo Deus como provedor. Exemplos de aplicação em frases: Para me surpreender, meu marido contratou um mordomo para nos servir durante toda a viagem. | Na mansão de Celestino, o mordomo é quem faz as compras. | Como mordomo fiel, administro tudo o que Deus me deu para a honra e glória de Seu nome.
PRESCRIÇÃO*
Determinação; regra; ordem; aquilo que é recomendado. Em termo jurídico: Esgotamento de prazo concedido por lei. Exemplos de aplicação em frases: A dívida de Roberto com a loja prescreveu, porém ele não poderá fazer novo crediário enquanto seu saldo for negativo. | O médico prescreveu antibiótico por sete dias.
ROL*
Lista; determinado número; tipo de coisas ou pessoas. Exemplo de aplicação em frases: Sara está no seleto rol de empresárias da cidade. |O rol de testemunhas para o julgamento é extenso. | Após quitar suas dívidas, César saiu do rol dos devedores.
ROYALTIES*
Parte dos lucros para quem detém o direito de algo (pronúncia: roialtis). Exemplo de aplicação em frases: Francisco ganhou muito dinheiro apenas com os royalties das músicas que compôs. | Os royalties pagos à Verônica foram suficientes para ela comprar sua primeira casa.
TALENTO*
Aptidão incomum que pode ser natural ou adquirida e leva alguém a fazer algo com maestria; pessoa com habilidades diferenciadas. Na antiga Grécia, medida de peso que poderia ser ouro ou prata (equivalente a 26kg). Exemplos de aplicações em frases: Carla é uma violinista muito talentosa. | A parábola Dos Dez Talentos é um exemplo bíblico que não podemos guardar o que Deus nos dá, e sim dividir os ensinamentos de Cristo multiplicando-o entre as pessoas.
USURA*
Sovinice; apego exagerado ao dinheiro; característica da pessoa avarenta; característica de quem é mesquinho; juros excessivos ao emprestar dinheiro ao pobre necessitado. Exemplos de aplicação em frases: Um agiota age com usura quando empresta dinheiro a alguém. | A usura daquele empresário com seus empregados é inacreditável.
UTOPIA*
Situação em que todo acontece de maneira perfeita ou ideal; sonho, fantasia; refere-se especialmente a um tipo de sociedade com uma situação econômica e social ideal. Exemplos de aplicação em frase: É utopia acreditar que não há crises no universo corporativo.
QUESTIONÁRIO
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CAPÍTULO 1
1. Qual é o maior objetivo de Deus para o ser humano?
( ) Salvação e libertação deste mundo de pecado.
( ) Prosperidade financeira.
( ) Que ele construa sua casa própria.
( ) Nenhuma das alternativas correta.
2. Tendo a Bíblia como fonte de instrução, o que Deus deseja para o ser humano? 2 Timóteo 3:16-17
( ) Que o homem de Deus seja imperfeito.
( ) Que ele seja perfeitamente habilitado para a boa obra.
( ) Que o homem de Deus seja educado na injustiça.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
3. Ao se tratar de prosperidade financeira, qual deve ser o foco? Mateus 6:33
( ) Seguir o conselho dos experts em investimentos.
( ) Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça.
( ) Realizar sonhos materiais como construir / adquirir a casa própria, viajar e conhecer outros países etc.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
CAPÍTULO 2
1. De acordo com o texto, porque o apego ao dinheiro se tornou uma maldição para a humanidade?
( ) Porque o ser humano se tornou mais generoso e propenso a dividir seus recursos.
( ) Porque o dinheiro passou a ocupar o lugar errado na escala de valores da vida.
( ) A busca incessante pelo dinheiro evitou grandes atrocidades como guerras, corrupção e a degradação da humanidade.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
2. A lição citou três textos que aparentemente falam contra a riqueza (1 Timóteo 6:10; Marcos 10:25; Marcos 10:21). Qual é o real problema tratado por estes textos?
( ) Se quisermos alcançar a graça de Deus e nos salvar, temos que nos livrar do dinheiro e ser pobres.
( ) O dinheiro é intrinsecamente mau
( ) Amar o dinheiro é errado, portanto é pecado. Mas quando é usado de acordo com a orientação divina, ele se torna uma bênção.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
3. De acordo com o guia de estudo, assinale a única frase falsa:
( ) Uma vez que compreendemos os ensinamentos bíblicos sobre o dinheiro e seu uso, ele trará felicidade para nós, nossa família e ao próximo.
( ) Qualquer coisa que se coloque no lugar de Cristo, inclusive o dinheiro e a riqueza, torna-se um deus e uma escravidão.
( ) Uma forma de honrar o nome do Senhor é ser fiel e generoso através dos dízimos, ofertas e doações.
( ) Os ricos não entrarão no Céu.
CAPÍTULO 3
1.Que promessas Deus fez para nós? Assinale a alternativa errada.
( ) Forças para adquirir riquezas (Deuteronômio 8:17-18).
( ) Felicidade com a prosperidade e a riqueza (Salmos 112:1-3).
( ) Sustento e fortalecimento (Isaías 41:10).
( ) O justo desamparado e a sua descendência mendigará o pão (Salmos 37:25).
2. Quais são as condições para se alcançar essas bênçãos? Deuteronômio 28:1,2,13
( ) Ouvir a voz do Senhor e guardar todos os Seus mandamentos.
( ) Fazer promessas a Deus.
( ) Investir na bolsa de valores.
( ) Ouvir a voz dos experts em investimentos e obedecer as leis do mercado financeiro.
3. O conhecimento é importante, mas mais importante ainda é “ter uma mente sábia para a gestão das finanças”. Como podemos adquirir essa sabedoria? Tiago 1:15
( ) Somente fazendo cursos com os melhores profissionais da área.
( ) É só pedir a Deus que Ele dará a sabedoria com generosidade.
( ) Essa sabedoria só se adquire com a experiência de tentativas – erros e acertos, outros países etc.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
CAPÍTULO 4
1. Mateus 15:14 diz: “Se um cego guiar outro cego, ambos cairão no buraco”. Como o autor do curso aplicou este texto?
( ) Para alcançar a prosperidade e riqueza dentro dos planos de Deus, o conhecimento deve ser buscado em fontes que se alimentam das Escrituras Sagradas.
( ) O conhecimento técnico para a gestão de finanças não é importante.
( ) Os conceitos bíblicos de ética, gestão e finanças são dispensáveis.
( ) Nenhuma das alternativas está correta
2. De acordo com o autor do curso, assinale a alternativa correta:
( ) Ser rico sem Deus pode ser uma maldição.
( ) Satanás vai fazer de tudo para que a avareza, o dinheiro e a ganância tomem o lugar de Deus, ocupando o trono da vida do homem e, dessa forma, levando-o à ruína.
( ) Na parábola do semeador, é dado um destaque sobre o perigo das riquezas, quando ela se torna uma prioridade ou uma obsessão.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
3. Por que se deve tomar muito cuidado com as orientações de autores e influencers não cristãos?
( ) O objetivo da maioria deles é buscar a riqueza para “satisfazer os sonhos” que têm tudo a ver com a salvação eterna.
( ) Muitos deles estimulam seus leitores e seguidores a serem ricos, sem dizer o que fazer com a riqueza.
( ) Esses autores falam sobre a importância de dizimar, ofertar e promover a pregação do evangelho.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
CAPÍTULO 5
1. De acordo com o autor do curso, como o texto de Hebreus 12:1-2 pode ser aplicado?
( ) A todos os empreendimentos que são realizados em nossa vida: estudos, carreira, vida profissional, vida financeira e em muitos outros.
( ) Apenas às questões financeiras.
( ) Este texto trata somente da questão espiritual.
( ) Nenhuma das alternativas está correta
2. Assinale a alternativa correta:
( ) Um cristão que não paga suas contas dá um bom testemunho de sua fé.
( ) O cristão que age com usura dá um bom testemunho de sua fé.
( ) A forma como conduzimos as finanças poderá confirmar ou negar nossa fé, e exercerá influência em quem vive ao nosso redor.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
3. Sobre independência ou liberdade financeira, assinale a alternativa correta:
( ) É quando alguém tem renda suficiente para viver com qualidade de vida, sem precisar mais trabalhar.
( ) A independência financeira não precisa ser alcançada apenas quando se chega à aposentadoria.
( ) A jornada para chegar lá é cheia de percalços, por isso, deve haver perseverança.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
CAPÍTULO 6
1. Em Eclesiastes 4:9-12 Salomão descreveu a importância da unidade do casal. Qual é a implicação dessa unidade entre marido e mulher?
( ) O casal deve trabalhar unido, com total e ampla transparência.
( ) A esposa deve conhecer os detalhes das finanças, receitas e despesas, tanto quanto o marido.
( ) Ambos devem conhecer os detalhes e tomar decisões em conjunto.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
2. Quando se trata de finanças na família, assinale a alternativa correta.
( ) Podemos afirmar que é na escola que se faz o planejamento financeiro.
( ) Não é importante que os filhos participem do planejamento financeiro da família.
( ) Os filhos devem participar desde cedo, conhecendo o orçamento e os seus limites.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
3. Qual é a implicação da afirmação bíblica de que o homem deve deixar pai e mão para se unir à sua mulher? Gênesis 2:24
( ) O jovem deve ser independente dos pais no aspecto físico, emocional e financeiro.
( ) Não há problema do filho continuar dependendo dos pais no aspecto financeiro.
( ) Isso quer dizer que os pais não podem dar uma ajuda financeira pontual para o casal.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
CAPÍTULO 7
1. Sobre princípios de economia no mundo corporativo, assinale a alternativa correta:
( ) As empresas mais estáveis são sempre as que mais faturam.
( ) As empresas mais estáveis são geralmente as que têm uma boa gestão de seus custos.
( ) Um dos fatores que mais contribuem para a definição dos preços não são os custos.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
2. Que fator está associado ao consumismo e deve ser tratado com ajuda médica especializada?
( ) Traumas da infância que desencadeiam o consumo exagerado.
( ) O transtorno compulsivo por compras.
( ) A doença conhecida como oneomania.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
3. Que fator é imprescindível para controlar o impulso pelas compras?
( ) O planejamento financeiro, isto é saber o que comprar, quando e como pagar.
( ) O que deve definir uma compra é o saldo bancário.
( ) O único critério para o consumo é saber se tenho dinheiro para comprar.
( ) Nenhuma das alternativas está correto.
CAPÍTULO 8
1. Que conselho é dado por Salomão a respeito das dívidas? Provérbios 6:3-5
( ) Podemos fazer dívida apenas com os bancos.
( ) Devemos fugir das dívidas do mesmo modo que uma gazela foge do caçador.
( ) Só não podemos fazer dívidas com os agiotas que agem com usura.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
2. Que orientação o apóstolo Paulo oferece em Romanos 13:7-8?
( ) Não fique devendo nada a ninguém.
( ) É necessário pagar a todos os que lhes é devido.
( ) Devemos amar o nosso semelhante.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
3. Qual é o primeiro passo para se elaborar um orçamento familiar?
( ) Registrar por três meses tudo o que a família gasta e calcular a média do gasto mensal.
( ) Fazer uma reserva financeira.
( ) Cortar os gastos.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
CAPÍTULO 9
1. Quando se trata de finanças, qual deve ser o principal propósito dos sonhos e objetivos da família?
( ) Fazer viagens internacionais.
( ) Tirar férias especiais e prazerosas.
( ) Formar o patrimônio familiar.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
2. Que tipo de patrimônio é um bom ativo?
( ) São aqueles que geram renda e não despesas, entre eles estão os imóveis que trazem renda de aluguéis.
( ) Carro.
( ) Casa de campo ou de praia.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
3. Qual deve ser o objetivo patrimonial número 1 para a família?
( ) Fazer uma viagem internacional.
( ) Adquirir a casa própria.
( ) Comprar o carro dos sonhos.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
CAPÍTULO 10
1. Sobre reserva financeira, assinale a alternativa correta:
( ) Formar uma reserva financeira é pensar, a longo prazo, nos sonhos que serão realizados.
( ) Pensar no futuro é poupar e investir.
( ) José no Egito é um grande exemplo de se fazer uma reserva para os momentos de crise.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
2. Assinale a alternativa falsa.
( ) a Bíblia afasta a ideia de que investimentos é só para os ricos.
( ) Um dos objetivos da reserva ou poupança é prover o necessário para os momentos de crises e imprevistos.
( ) A reserva financeira não é necessária para a realização dos sonhos de família.
( ) A lição da poupança pode ser ensinada pelas formigas.
3. De acordo com o autor, a Bíblia fala de investimento com dinheiro e não de negociação com dinheiro. Qual é o único exemplo de investimento e não negociação?
( ) Empréstimo abusivo, com usura, ou seja, com juros excessivos.
( ) Fazer trade, que é comprar e vender ações.
( ) Serviços e produtos que especulam no mercado financeiro.
( ) Emprestar dinheiro para o banco ou governo – renda fixa.
CAPÍTULO 11
1. Assinale a única afirmação falsa:
( ) A Bíblia revela que Deus é dono de todas as coisas e que tudo vem das mãos dEle.
( ) Deus é o dono da prata e do ouro.
( ) Deus não se importa com os aspectos materiais e financeiros da nossa vida.
( ) A mão de Deus nunca está encolhida para abençoar Seus filhos.
2. Qual é a única maneira que a Bíblia apresenta de provarmos a Deus, se Ele realmente cumpre o que promete? Malaquias 3:10
( ) Através de votos de fidelidade.
( ) Através dos dízimos.
( ) Fazer caridade.
( ) Nenhuma das alternativas está correta.
3. O que Deus deseja para cada um de nós? 1 Tessalonicenses 4:10-12
( ) Progresso na vida.
( ) Trabalho.
( ) Vida tranquila e com dignidade.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
CAPÍTULO 12
1. Qual é uma das formas mais eficazes de ensinar os filhos a lidarem com o dinheiro?
( ) Uma mesada cujo valor seja proporcional com a idade.
( ) Levar dinheiro para igreja e dar para o filho ofertar na hora em que o diácono passar.
( ) Não sendo um bom exemplo para os filhos.
( ) Nenhuma das alternativas está correta
2. Que ordenança é dada para todo seguidor de Cristo? Atos 20:35
( ) Dar um pouco do que temos em forma de ofertas e doações.
( ) É preciso socorrer os necessitados e lembrar das palavras de Cristo: “Mais bem-aventurado é dar do que receber”.
( ) deus nos ensinou a doar pelo exemplo ao entregar Seu Filho para morrer em nosso lugar.
( ) Todas as alternativas estão corretas.
3. Quais são as bênçãos para aquele que pratica a generosidade para o seu semelhante? Assinale a alternativa falsa.
( ) Será feliz (Isaías 58:10)
( ) suas necessidades serão supridas (Filipenses 4:19)
( ) Quem dá aos pobres está emprestando a Deus (Provérbios 19:17).
( ) Quem dá com generosidade sentirá falta de seus recursos (Mateus 6:3)
O que eu aprendi com esse Guia de Estudo
“O maior objetivo de Deus para o ser humano é a salvação e libertação deste mundo de pecado. Ele deseja que o ser humano seja perfeitamente habilitado para toda boa obra. O apego ao dinheiro se tornou uma maldição, pois ocupa o lugar errado na escala de valores da nossa vida. Amar o dinheiro é errado, portanto é pecado. Mas quando é usado de acordo com a orientação divina, ele se torna uma bênção. Uma vez que compreendemos os ensinamentos bíblicos sobre o dinheiro e seu uso, ele trará felicidade par nós, nossa família e ao próximo e que qualquer coisa que se coloque no lugar de Cristo, se torna um deus e uma escravidão. Uma forma de honrar o nome do Senhor é ser fiel e generoso através dos dízimos, ofertas e doações, dar um pouco do que temos ao socorrer o necessitado lembrando das palavras de Cristo: “Mais bem-aventurado é dar do que receber”, Deus nos ensinou a doar pelo exemplo ao entregar Seu Filho para morrer em nosso lugar. Deus deseja que cada um de nós tenhamos uma vida tranquila e com dignidade. As promessas de Deus para nós são muitas, e para alcançar essas bênçãos devemos ouvir a voz do Senhor e guardar todos os Seus mandamentos. Deus é dono de todas as coisas e tudo vem das mãos dEle e a mão de Deus não está encolhida para abençoar Seus filhos. Ter conhecimento é importante, mas ter a sabedoria que Deus nos dá generosamente é melhor ainda, basta apenas pedir e Ele nos dará. Para alcançar a prosperidade e riqueza dentro dos planos de Deus, o conhecimento deve ser buscado em fontes que se alimentam das Escrituras Sagradas. Ser rico sem Deus é uma maldição e Satanás sempre está fazendo de tudo para que a avareza, o dinheiro e a ganância tomem o lugar de Deus, ocupando o trono da vida do homem e levando-o à ruína e é perigoso quando a busca pela riqueza se torna uma prioridade e uma obsessão. Muitas pessoas estimulam seus leitores e seguidores a serem ricos, sem dizer o que fazer com a riqueza. Podemos realizar muitos empreendimentos em nossa vida: estudos, carreira, vida profissional, vida financeira e em muitos outros. A forma como conduzimos as finanças poderá confirmar ou negar nossa fé, e exercerá influência em quem vive ao nosso redor. Ter uma independência financeira é quando alguém tem renda suficiente para viver com qualidade de vida, sem precisar mais trabalhar, não precisa ser alcançada apenas quando se chega à aposentadoria e a jornada para chegar é cheia de percalços, por isso, deve haver perseverança. Para formar uma reserva financeira é necessário pensar a longo prazo, nos sonhos que serão realizados, pensar no futuro ao poupar ou investir, pensar nos momentos de crise. A reserva financeira é importante para a realização dos sonhos. O casal deve trabalhar unido, com total e ampla transparência, a esposa deve conhecer os detalhes das finanças, receitas e despesas assim como o marido e ambos devem tomar as decisões em conjunto, assim também os filhos devem participar desde cedo, conhecendo o orçamento e os seus limites. Ao sair da casa dos pais, o jovem casal deve ser independente dos pais no aspecto físico, emocional e financeiro. Deve-se dar uma mesada cujo valor seja proporcional a idade dos filhos, para ensina-los a lidarem com o dinheiro. Devemos fugir das dívidas como a gazela foge do caçador. Não devemos dever nada a ninguém, pagar a todos o que lhes é devido e amar nosso semelhante. Para se elaborar um orçamente é necessário registrar por três meses tudo o que a família gasta e calcular a média do gasto mensal. O principal propósito dos sonhos e objetivos da família é formar o patrimônio familiar, adquirir a casa própria. Um patrimônio bom é aquele que gera renda e não despesas, como imóveis que trazem renda de alugueis ou emprestar dinheiro para o banco ou governo, a chamada renda fixa. As empresas mais estáveis são geralmente as que têm uma boa gestão de seus custos. O planejamento é imprescindível para controlar o impulso de comprar, deve se saber o que comprar, quando e onde pagar. O consumismo está associado a traumas da infância que desencadeiam o consumo exagerado, o transtorno compulsivo por compras e uma doença conhecida como oneomania e deve ser tratado com ajuda médica.
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